Os sites de notícia estão utilizando-se de um dispositivo da legislação do trabalho (que permite a qualquer empregador contratar mão-de-obra com meia jornada e meio salário) e tentam confundir a cabeça dos jornalistas, alegando que tal “brecha” é um acordo feito entre eles e o Sindjornal/AL. A denúncia foi feita pelo presidente do Sindjornal, Carlos Roberto Pereira, em nota divulgada na internet. Diz a nota.
“O Sindicato dos Jornalistas de Alagoas vem a público repudiar o boato que setores do empresariado da comunicação tentam plantar no meio da categoria, segundo o qual esta entidade teria feito acordo com os sites de notícia para permitir que jornalistas recebam abaixo do piso profissional. Em nenhum momento o Sindjornal propôs ou recebeu proposta neste sentido, mesmo diante das dificuldades alegadas por pequenas empresas para honrar as suas folhas de pagamento”.
Segundo a informação, o boato surgiu desde que o Grupo João Lyra planejou o lançamento da agência de notícias Alagoas Agora (ocorrido na semana passada). De acordo com a nota divulgada pelo sindicato, o grupo João Lyra está fazendo propostas de trabalho para pagar salários abaixo do piso (e o mais grave, está conseguindo arregimentar gente para trabalhar). Para o presidente Carlos Roberto, esse comportamento exige que o Sindjornal reaja freneticamente, como tem feito com outras empresas de comunicação.
A nota encerra, dizendo que o Sindicato, “que tem uma história de luta e de resistência na defesa dos interesses dos jornalistas, tendo sido ator principal na conquista do piso profissional e de outros benefícios previstos na Convenção Coletiva de Trabalho”, e que jamais compactuaria com uma situação de flexibilização salarial.
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