segunda-feira, 30 de abril de 2007

Faça sua parte. Contribua com o fundo de mobilização para ajudar jornalistas mobilizados

Os jornalistas mobilizados na ocupação do jornal Tribuna de Alagoas, os gráficos e demais funcionários fazem um apelo aos colegas de profissão e a sociedade em geral que colabore com um FUNDO DE MOBILIZAÇÃO, criado por eles no último final de semana. O dinheiro arrecadado servirá para ajudar os trabalhadores do jornal, do ex-governador Ronaldo Lessa e do empresário Bob Lyra, que se encontram em condições precárias de subsistência. Segundo nota divulgada no blog Tribuna Ocupada, os recursos servirão ainda para manter a ocupação na empresa e custear as próximas atividades de protesto do grupo.
Segundo ainda a nota publicada no blog, depois de cinco meses de salários atrasados, afirmam eles, “há trabalhadores que sequer têm condições de se deslocar para a sede da empresa e participar das manifestações, por falta de dinheiro para o transporte”. As contribuições para o FUNDO DE MOBILIZAÇÃO da Tribuna Ocupada devem ser feitas no BANCO do BRASIL: agência 00132, conta 5388-0; ou na CAIXA ECONÔMICA FEDERAL: agência 0055, conta 577-5, operação 003.
Atualmente, as despesas de alimentação do pessoal acampado na Tribuna de Alagoas estão sendo pagas pelo Sindicato dos Jornalistas e o Sindicato dos Gráficos. Após mais de uma semana de ocupação, os recursos não estão tão disponíveis como antes. Daí, a necessidade de sensibilizar toda a comunidade em prol da causa.
A mobilização feita pelos funcionários do jornal Tribuna de Alagoas tem atraído a atenção da FENAJ, que se engajou na luta e manifestou, através de nota oficial apoio incondicional à luta dos trabalhadores. Em Alagoas, a FENAJ acompanha as atividades de mobilização através do segundo vice-presidente, Antônio Pereira Filho.

Leia nota na íntegra, ao lado.

Esforço coletivo faz circular mais uma edição de o Tribuna Independente

A Tribuna Independente saiu às ruas na última sexta-feira e volta a circular nesta quarta-feira (02-05). O jornal, agora cooperativado, promete circular com a cobertura completa das atividades do Dia 1º de Maio, Dia do Trabalhador.
O jornal está sendo vendido a R$ 1 (um real) e estará disponível nas principais bancas da capital.

A primeira edição independente da Tribuna trouxe uma denúncia contra o ex-governador Ronaldo Lessa, de que ele está sendo investigado pelo Ministério Público Federal, acusado de ter desviado R$ 500 milhões das Letras do Tesouro Estadual, renegociada com os credores dos títulos públicos. A denúncia é do empresário paulista Antônio Carlos Santos Morais e a reportagem é assinada pelo repórter Ricardo Rodrigues. Segundo fontes do próprio ex-governador, ele será indicado secretário executivo do Ministério do Trabalho.
A edição da “Tribuna Independente”, que está sendo preparada durante esta terça-feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador, como o número anterior, voltará a protestar contra o não pagamento dos salários e indenizações, além de trazer novas denúncias. O jornal também circula com notícias do dia-a-dia, nas mais diversas editorias (cidade, esporte, economia, política, nacional, internacional, cultura, social, etc). Nesta segunda edição, também haverá anúncios publicitários patrocinados pela entidades sindicais, que estão apoiando o movimento dos trabalhadores.

DO PAPEL À WEB, A TRANSIÇÃO EM CURSO¹

PAULO SILVESTRE (*)

Passada uma década desde que empresas de comunicação brasileiras fizeram suas primeiras incursões na internet, os meios online no país ainda vivem um período de definições. Os formatos gráficos e editoriais alternam movimentos de brilhantismo de uma elite que está de fato criando uma nova mídia com iniciativas norteadas pelo deslumbramento e pela ignorância tecnológica.
As páginas noticiosas na web são exemplo da afirmação anterior. A identificação com o formato do jornalismo impresso é imediata: primeiras páginas com chamadas em profusão (apenas mais telegráficas, para despejar mais links no menor espaço), remetendo aos textos – ou o que é pior: levando o incauto leitor a uma "segunda primeira página".
O conteúdo traz uma ou outra foto (que pode ser eventualmente exibida com algum recurso de animação, "para ser diferente dos outros"), manchete abaixo do título da publicação, fio-data... Por pouco não se coloca o preço sugerido para banca.
A grande e real inovação nesse modelo não é privilégio e nem foi invenção dessas empresas de comunicação: o hiperlink (ou simplesmente link), característica essencial da web e um dos responsáveis pela popularização da internet. Graças a ele, o leitor não precisa selecionar um caderno ou abrir em uma página para finalmente procurar a matéria desejada entre todas as retrancas. É só clicar e pronto.
Tirando os links, sobra o formato do impresso. É muito desperdício de recursos! Basta olhar para a indústria de games, que, apesar de seu produto final destinar-se à diversão, trabalha e pesquisa muito seriamente, e reinventou-se com o advento da internet comercial.
Identificaram uma demanda de mercado – no caso, pessoas jogarem entre si e não mais solitariamente com a máquina – e viram que esse novo mundo online finalmente viabilizava técnica e economicamente esse desejo.

Investir mais

Essa é a lição que as empresas de comunicação precisam estudar com carinho. Naturalmente esse "pulo do gato" não nasce da noite para o dia. São necessários investimentos para pesquisa, muita massa cinzenta e disposição para correr riscos – três bens que as companhias possuem cada vez menos: o dinheiro virou artigo de luxo nesses tempos bicudos, os poucos profissionais que foram mantidos nas redações estão sobrecarregados com o dia-a-dia e não podem parar para criar, e os veículos se acovardaram na mesmice de fórmulas consagradas, ainda que cada vez mais anacrônicas, ultrapassadas ou mesmo erradas.
Qual é a "demanda de mercado" associada ao jornalismo online? Arriscaria dizer que não é a "notícia de último segundo", um golpe de marketing que levou à publicação histérica de um volume absurdo de textos, em detrimento de pilares do jornalismo, como apuração cuidadosa. Muito mais importante que isso, o leitor deseja comodidade para encontrar o que quer de maneira fácil, rápida, ampla e confiável.
Para que isso seja atingido, alguns paradigmas precisam ser quebrados. O primeiro, o de que não é possível a um único veículo – ou mesmo toda uma empresa – produzir todo o necessário para satisfazer plenamente o leitor, que tem à disposição o conteúdo virtualmente ilimitado da internet. Nenhuma empresa pode concorrer com tal volume de informação, especialmente porque a maioria delas está disponível irrestritamente e de graça.
O que as empresas de comunicação precisam aprender a fazer é transformar essa desvantagem aparentemente instransponível em uma aliada. As companhias não devem encarar a internet como uma concorrente, e sim como uma fonte riquíssima de informação complementar a seus produtos. Cabe ainda ao jornalista separar o joio do trigo, ajudando o leitor a ampliar seus horizontes nos assuntos desejados, lançando mão de recursos de hiperconectividade para outras fontes confiáveis de informação.
A idéia tradicional de que se estaria "perdendo" o leitor para outra fonte de informação é típica de quem desconhece os recursos tecnológicos disponíveis e não confia no seu próprio trabalho. Até então, empresarialmente, o jornalismo como "uma janela para o mundo" poderia ser entendido como tratar de oferecer "a melhor janela" para conquistar o mercado. Com as possibilidades oferecidas pela internet, ele precisa ser atualizado como "muitas janelas para o mundo" – ou, melhor ainda, "uma janela para as melhores janelas".
Como já foi dito, o leitor deseja comodidade para encontrar o que quer de maneira fácil, rápida, ampla e confiável. Os grandes portais, que no Brasil ganharam ares mais jornalísticos que em outros países, precisam investir mais na facilidade de acesso e na confiabilidade das informações. Quem conseguir oferecer isso de maneira consistente e sistemática criará um veículo robusto na cabeça de seu público.

Criar o modelo

É uma oportunidade de ouro para redefinir a maneira como as pessoas consomem jornalismo, a possibilidade de se quebrar um paradigma como há décadas não era visto. Com a hiperconectividade, o usuário (que deixa de ser apenas um passivo "leitor") participa ativamente da construção de sua experiência informativa, que será tanto mais gratificante quanto mais possibilidades lhe sejam oferecidas. E as pessoas mais e mais querem tomar parte nesse processo.
Trata-se de um belo desafio para os profissionais que atuam no caçula dos meios de comunicação de massa. Só recentemente vêem-se colegas chegando ao mercado já com o foco no ambiente online. Até então vinham de outras mídias, notadamente do jornalismo impresso. Esse grupo pioneiro ainda domina as redações digitais, como não podia deixar de ser, pois experiência em "jornalismo puro" é necessária. Mas é necessário libertar-se dos antigos conceitos, que se prestam mal a essa nova realidade, e aproveitar o momento.
É algo semelhante ao vivido pela televisão nos anos 1950 e 1960, quando os formatos –quando existiam – ainda eram tímidos e buscavam seu espaço. O que for feito agora pode criar um modelo que dure por décadas, até que uma nova onda surja. Oportunidade única para bons profissionais se destacarem. Mas para isso o jornalista saber deve saber ousar.

Paulo Fernando Silvestre Júnior é jornalista, peditor do Portal Exame e atravessou seus dez anos de internet na Folha, no UOL e na AOL.

¹ - Material postado no portal Exame.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Jornalistas e demais trabalhadores do jornal Tribuna de Alagoas realizam mais uma manifestação

Os jornalistas e os trabalhadores da Tribuna fazem novo ato público, nesta sexta (27), para cobrar as indenizações e salários atrasados. Desta vez, a manifestação será em frente à revendedora de carros Nagoya, de propriedade do megaempresário Robert Lyra (Avenida Fernandes Lima, 3204, próximo ao Hiper Bompreço).
Ele é outro proprietário indireto do jornal (assim como o ex-governador Ronaldo Lessa) que abandonou a empresa e os trabalhadores, sem pagar os salários e as verbas rescisórias.
Bob Lyra, como é mais conhecido no meio empresarial, é filho do usineiro Carlos Lyra e também possui diversas empresas e industrias no eixo São Paulo-Minas Gerais.

Tribuna volta Independente

A informação foi enviada pelo repórter fotográfico Felipe Camelo. Inicialmente, Camelo lamenta o fato de o jornal Tribuna de Alagoas ter fechado, “sem pagar 5 meses de salários”, mas que isso estimulou os funcionários a decidirem transformar o impresso “numa cooperativa”. Ele disse que a primeira publicação do jornal cooperativado circula hoje, dia 27, como o sugestivo nome Tribuna Independente, pelo preço de R$1. “Para que possamos manter as próximas edições”, detalhou Felipe Camelo.
”Procurem sua banca favorita, comprem a Tribuna Independente e conversem com o jornaleiro, para eles saberem que o leitor quer a Tribuna (agora Independente) de volta. Precisamos mostrar aos empresários sérios que podem investir num jornal, igualmente sério, e comprometido com o leitor e com a notícia. Obrigado aos amigos que já responderam positivamente, perguntando onde podem adquirir...precisamos esgotar e adição de amanhã!!!”, enfatizou o jornalista.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Agora é definitivo. Tribuna não volta mais a funcionar

"Procurem seus direitos na Justiça". Foi esse o conselho que o superintendente da Tribuna de Alagoas, Geraldo Lessa, deu aos 140 trabalhadores acampados na sede da empresa há mais de uma semana. Geraldo informou ainda o fechamento definitivo da empresa, depois do fracasso nas negociações para aquisição do jornal entre o ex-governador Ronaldo Lessa e o empresário João Lyra (quem diria que esses dois sentariam na mesma mesa).
Para os trabalhadores da Tribuna de Alagoas, o comportamento dos dirigentes da empresa de comunicação traduz descaso e deixou o grupo mais revoltado ainda. Eles estão parados há 80 dias e há cinco meses sem receber os salários.
Em represália, os trabalhadores e suas entidades sindicais redigiram uma carta denúncia, onde citam, entre outras irregularidades, a contratação de profissionais sem carteira assinada e a falta de regularização de 21 contratos de trabalho, na empresa do ex-governador. A carta foi enviada à Presidência da República, ao Ministério do Trabalho, onde Lessa pleiteia cargo de secretário do Trabalho, e às presidências da Câmara, do Senado e à presidência do PDT, partido de Lessa.
Para hoje (25), está programada uma manifestação, à noite, em frente a casa de festa Regente, local em que o ex-governador lança um instituto com o seu nome. Na próxima sexta-feira (27), a manifestação será em frente a porta da concessionária Nagoya, de propriedade do empresário Robert Lyra, sócio de Lessa na Tribuna.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Manifestação vai estragar a festa. Ex-governador descumpre ordem judicial e esbanja riqueza em regabofe


Os trabalhadores da Tribuna fazem nesta quarta-feira, à noite, uma manifestação, em frente à casa de festas Regente, durante o lançamento de um instituto do ex-governador Ronaldo Lessa. Essa é uma das ações prevista para esta semana como forma de represália ao descumprimento de acordos de pagamentos de salários atrasados e indenizações feitos anteriormente entre os servidores, os sindicatos das categorias envolvidas, a Justiça do Trabalho e o Jornal Tribuna de Alagoas. Os 110 trabalhadores da Tribuna estão há oito dias acampados na sede da empresa.
Parados há oitenta dias, eles responsabilizam o ex-governador Ronaldo Lessa e o empresário Robert Lyra pelo fechamento do matutino e o abandono dos trabalhadores, que não recebem salários há cinco meses e também não são indenizados. Lessa é representado na Tribuna por seu irmão, Geraldo Lessa, e Robert Lyra por seu assessor, Lucas Normande.
Outra manifestação que está prevista é o envio de uma carta-denúncia ao governo, partidos e autoridades federais para relatar o abandono que estão passando e cobrar providências contra os arrendatários do jornal. A carta-denúncia será enviada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), Presidência da República, Ministério do Trabalho, presidências da Câmara e Senado, Procuradoria Geral da República, Ministério Público e às executivas nacionais dos partidos, entre eles o PDT, ao qual Ronaldo Lessa é filiado.
Os jornalistas e gráficos tamb
ém preparam uma série de denúncias contra os diretores da empresa, entre eles o superintendente Geraldo Lessa, irmão de Ronaldo, e o diretor Administrativo Vorney Mendes. Os trabalhadores lembraram o processo a que Geraldo Lessa responde na Justiça por desvio de recursos na Fundação Teotônio Vilela, e o processo aberto contra Vorney Mendes por desvio e venda de canos da Companhia de Água e Saneamento de Alagoas (Casal), onde atuou como diretor.

domingo, 22 de abril de 2007

Ação de solidariedade e mobilização na próxima terça-feira


O Sindjornal/Al, solidário com os jornalistas acampados na sede da administração do jornal Tribuna de Alagoas, realiza na próxima terça-feira (24) uma assembléia geral de jornalistas do estado, na sede da empresa invadida. A assembléia é uma ação de mobilização para dar incremento às discussões da campanha salarial da categoria de 2007. Segundo nota divulgada pelas lideranças sindicais, o momento exige uma resposta firme da categoria, após duas rodadas de negociações, sem que tenha havido o aceno de concessão de um aumento com ganho real para os salários dos jornalistas. O sindicato convoca todos os jornalistas estarem presentes neste dia (terça-feira), na Tribuna, a partir das 19h.
Além de solidarizar-se com os colegas do jornal que foi fechado, o encontro vai preparar atividades de mobilização nas outras empresas.
Acompanhe os acontecimentos mais recentes da ocupação da sede do jornal Tribuna de Alagoas através do blog http://tribunaocupada.zip.net/.

Oportunidades na carreira de pesquisador

A Universidade Federal de Sergipe realiza este ano o V Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo. O encontro científico terá o tema “Metodologias de Pesquisa em Jornalismo”e é promovido pela Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJOR). Em Aracaju, nos dia 15 a 17 de novembro de 2007 www.sbpjor.ufsc.br. O V Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo é uma realização da UFS www.sbpjor.ufsc.br/5sbpjor .
De acordo com o edital do evento, os trabalhos serão recebidos de 01 de junho a 15 de julho de 2007, através do site www.sbpjor.ufsc.br/5sbpjor e deverão ser encaminhados na forma de Comunicações Individuais ou de Comunicações Coordenadas (essa categoria permite propostas por associados plenos (doutores da SBPJ), incluindo o mínimo de quatro e o máximo de seis trabalhos, com autores de pelo menos três diferentes instituições).
Segundo o texto divulgado, não haverá prorrogação de prazo e não é necessário pagar inscrição para submeter trabalhos. Os resultados da seleção serão comunicados aos autores das Comunicações Individuais e aos proponentes das Comunicações Coordenadas até 31 de agosto de 2007.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

OCUPAÇÃO DA TRIBUNA CONTINUA E GANHA BLOG NA INTERNET


Após assembléia realizada na noite desta terça-feira, os jornalistas e gráficos do jornal Tribuna de Alagoas decidiram manter a ocupação na sede da empresa, iniciada na manhã de ontem. Com quatro meses de salários atrasados, eles só pretendem deixar o prédio quando receberem o que têm direito e houver uma definição sobre o futuro do matutino, fechado há 75 dias. .
Além de manter a ocupação, os jornalistas e gráficos deliberaram pela realização de alguns atos públicos, para denunciar a situação de insolvência da empresa provocada por seus diretores e proprietários. O primeiro ato está marcado para sexta-feira, dia 20, e outro acontecerá na próxima quarta-feira, dia 25. Ambos terão, além da participação do Sindicato dos Jornalistas e do Sindicato dos Gráficos, o apoio de outras entidades sindicais, incluindo a Central Única dos Trabalhadores (CUT-AL). .
Os jornalistas e gráficos da Tribuna também criaram nesta terça-feira um blog na Internet, para divulgar as ações sindicais, políticas e jurídicas desenvolvidas durante a ocupação. O endereço para acessar é http://tribunaocupada.zip.net e permite que os internautas também façam comentários sobre o movimento, que busca o pagamento dos salários e a reabertura do jornal.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

ARAPIRACA: UNEAL JÁ CARECE DE ASSESSORIA DE IMPRENSA PROFISSIONAL

O professor Carlindo de Lira Pereira não mais ocupa o cargo de assessor de imprensa da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal). Embora seja profissional competente, Carlindo não tem formação jornalística, mas sua saída da função comissionada tem outra justificativa. Segundo apurou o blog(www.mailkelmarques.com), ele deixou o cargo em virtude de uma simples constatação: acúmulo de cargos dentro do serviço público estadual. Espera-se, de agora em diante, que a direção da Uneal profissionalize sua relação com a imprensa e deixe de lado o amadorismo vigente até então. Não estamos utilizando este espaço para criticar quem quer que seja - muito menos o professor Clarindo - mas ratificamos a importância da comunicação. E uma instituição como a Uneal - a maior universidade de Alagoas - já carece de assessoria profissional e antenada às demandas dos órgãos de imprensa. O professor Carlindo de Lira Pereira não mais ocupa o cargo de assessor de imprensa da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal). Embora seja profissional competente, Carlindo não tem formação jornalística, mas sua saída da função comissionada tem outra justificativa. Segundo apurou o blog (www.mailkelmarques.com), ele deixou o cargo em virtude de uma simples constatação: acúmulo de cargos dentro do serviço público estadual. Espera-se, de agora em diante, que a direção da Uneal profissionalize sua relação com a imprensa e deixe de lado o amadorismo vigente até então.Não estamos utilizando este espaço para criticar quem quer que seja - muito menos o professor Clarindo - mas ratificamos a importância da comunicação.E uma instituição como a Uneal - a maior universidade de Alagoas - já carece de assessoria profissional e antenada às demandas dos órgãos de imprensa.
Publicado no blog www.mailkelmarques.com

ASSESSORIA DE IMPRENSA - Uma pedra no meio do caminho

Outro dia, um assessor de imprensa me disse que a concessão de uma entrevista com seu chefe "depende do tamanho do veículo". De outra vez, solicitaram documentos que não costumam pedir a jornalistas da mídia corporativa. Houve ainda a assessora que ignorou meu e-mail com algumas perguntas e outra que afirmou não haver mais credenciais para cobrir um evento num local onde cabem quase cem mil pessoas.
Esses são apenas alguns exemplos das inúmeras dificuldades de quem insiste em fazer jornalismo fora da imprensa hegemônica. Há outros, muitos outros. Mas por enquanto gostaria de comentar os exemplos acima, sem pressa.
Em primeiro lugar, é bom deixar claro que, ao agirem desta forma, esses assessores de imprensa estão agredindo a democracia e a liberdade de imprensa. O cidadão tem todo o direito de escolher seu veículo de informação. Ele não é, de forma alguma, obrigado a se informar pela mídia grande. Porque é exatamente isso que está acontecendo. Ao negar uma credencial, uma entrevista ou um documento aos jornalistas da imprensa alternativa e aos jornalistas independentes, esses assessores estão negando que o público tenha acesso às informações divulgadas pela mídia não-alinhada ao pensamento único.
Nos países ditos desenvolvidos isso não acontece. Pouco importa se o jornal é distribuído gratuitamente nas estações de metrô de Londres, ou se um jornalista estadunidense tem apenas um blog para divulgar informações. Os assessores de imprensa – sobretudo em empresas públicas – são obrigados a atender a todos com a mesma presteza. Isso não significa, claro, que nunca haverá vazamento de informação privilegiada para uma ou outra publicação. Mas aí estamos diante de uma ação ilícita, o que não justifica o procedimento-padrão adotado por inúmeras assessorias de imprensa no Brasil.
"Depende do tamanho"
Muitas vezes ouço colegas da mídia alternativa lamentarem: "Ah, deixa pra lá. É assim mesmo". Ou ainda: "Claro que o jornal X vai ter mais acesso a informações". Pois eu digo que não. Amigos da imprensa alternativa, não aceitemos esse estado de coisas! Quando isso acontecer, vamos protestar publicamente! Não podemos ser coniventes com esse atentado à liberdade de imprensa (isso, sim, é um atentado à liberdade de imprensa, e não aquilo que a outra mídia afirma ser).
Mas há também a legitimação pela outra ponta. Às vezes alguns jornalistas não percebem que só conseguem informações porque estão numa determinada empresa. Em vez de rejeitarem essa "vantagem", acabam se aproveitando dela. Até o dia em que não mais estiverem na tal empresa e as assessorias não lhes sorrirem como antes.
Um órgão de comunicação não é mais importante pelo tamanho de seu público. Pode ter mais força política, mas não será mais importante. O que adianta falar para milhões de pessoas se, na mensagem transmitida, está a criminalização da pobreza, a legitimação de invasões militares e genocídios, o pensamento único do modelo econômico e a aceitação de outros absurdos naturalizados (como salário mínimo, atual estado da saúde e educação, saneamento etc.)? No fundo, esses assessores de imprensa, ao privilegiarem certos veículos ("depende do tamanho do veículo"), estão contribuindo para a manutenção da iniqüidade vigente.
Engano perigoso
Na verdade, há uma total inversão de valores. Carlos Drummond de Andrade já dizia: "Meu Deus, como nesse mundo tão grande falta espaço para os pequenos". Falta espaço, poeta, porque são os pequenos que buscam transmitir os valores que o tal mercado não aceita. Nós, da mídia alternativa, é que veiculamos as informações que são censuradas na outra mídia. No Brasil é assim: os pequenos é que lutam para que os direitos humanos básicos sejam estendidos a todos os segmentos do povo, independentemente de sua conta bancária ou cor de pele.
É verdade que existem jornalistas bem intencionados e competentes na outra imprensa. Ainda bem que eles existem – e às vezes até conseguem conter o avanço neoliberal nas redações. Mas é preciso deixar claro que eles não podem tudo. Lá dentro, há um limite para a dissidência. No final, predominarão sempre os grandes interesses da empresa. Esta é a condição básica de sua existência.
Assim, um jornalão pode começar a fazer uma boa série de reportagens denunciando, por exemplo, empresas do ramo imobiliário que estão construindo na Barra da Tijuca sem licença ambiental. Alguns podem argumentar que este trabalho será tão importante quanto uma série de reportagens sobre o mesmo tema, só que publicada na mídia alternativa. Engano perigoso: na empresa regida pelo lucro, a oferta de algumas páginas de anúncio pode calar o jornalão. Já no veículo pautado pelo interesse público, será mais um motivo para a continuidade das reportagens.
É lamentável que a categoria não tenha um Conselho para denunciarmos esses abusos cometidos por certos assessores de imprensa.

Por Marcelo Salles (http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos)

sábado, 7 de abril de 2007

Agende-se

I ENCONTRO DE MÍDIA E MÚSICA POPULAR MASSIVA
A fim de criar um espaço de convergência para pesquisadores interessados
nos aspectos comunicacionais da música na cultura contemporânea, o grupo de
pesquisa Mídia & Música Popular Massiva, do Programa de Pós-graduação em
Comunicação e Cultura Contemporâneas da UFBA, realiza o I Encontro de Mídia
e Música Popular Massiva, de 30 de maio a 1 de junho de 2007, em Salvador.
Chamada para trabalhos
Data limite para inscrições: 22 de abril de 2007.
http://www.facom.ufba.br/lac_encontromidiaemusica.html
PRÊMIO ADELMO GENRO FILHO DE PESQUISA EM JORNALISMO
A Associação
Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJOR) acaba de
divulgar o regulamento com as normas e prazos da segunda edição do Prêmio
Adelmo Genro Filho de Pesquisa em Jornalismo.
A premiação pretende institucionalizar a pesquisa em jornalismo e
reconhecer anualmente os colegas que apresentaram contribuições relevantes
para o campo. O Prêmio está dividido em quatro categorias: iniciação
científica, mestrado, doutorado e sênior.
Envio dos trabalhos até 15 de agosto de 2007.
Informações: http://www.sbpjor.ufsc.br
BOLSA PARA JORNALISTAS DO SEXO FEMININO
A fundação norte-americana Elizabeth Neuffer Fellowship está oferecendo
bolsas, pagas pela International Women's Media Foundation, para jornalistas
do sexo feminino, em universidades da região de Boston. Existe ainda com a
possibilidade de estágio nos jornais The Boston Globe e The New York Times.
Reportagens, estudos e pesquisas realizados durante o período da bolsa
serão necessariamente focados nos temas de direitos humanos e justiça social.
O período da bolsa vai de setembro de 2007 a maio de 2008. Para se
candidatar, a jornalista precisa estar trabalhando há mais de três anos em
meio impressos, TV ou internet e estar comprometida com a cobertura de
temas relacionados a direitos humanos e justiça social. Também é
fundamental ter domínio completo do inglês escrito e falado. Profissionais
free-lancers também serão aceitos.
Mais informações em http://www.iwmf.org/programs/neuffer/fellowship.php.

Jornalistas x Relações Pública: o momento é de convivência harmoniosa

O conflito que existe entre jornalistas e relações públicas no exercício da função de assessor de imprensa foi um dos temas abordados durante o XVI ENJAC, que este ano aconteceu em Fortaleza, no estado do Ceará. Esse conflito nasce na regulamentação das duas profissões e ganha força com os interesses patronal de desestabilizar as atribuições dos trabalhadores da área de comunicação. Considerado os limites da ética e as questões cotidianas que envolvem a responsabilidade social da função, o conflito só vai deixar de existir quando cada um dos atores envolvidos comece a respeitar suas reais atribuições e passe a defender uma normatização das relações de trabalho nas assessorias de imprensa.
Para debater o polêmico tema, o XVI ENJAC reuniu num Grupo de Trabalho o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo, o assessor jurídico da FENAJ, Claudismar Zupirolli, e o assessor jurídico do Sindjornal do Ceará, Carlos Chagas. Impossibilitada de participar do encontro, a secretária geral do Conselho Federal de Relações Públicas. Ana Lúcia Novelli, não esteve presente ao debate.

Segundo o advogado Claudismar Zupirolli, o que impulsiona até hoje essa polêmica é a forma de regulamentação da profissão. A legislação que garante aos profissionais formados em relações públicas a atividade de assessoria de imprensa data de 1967, sendo posteriormente complementada em 68. Em 69, um decreto-lei passou também a garantir aos profissionais formados em jornalismo o direito de exercer a atividade. “Os jornalistas sofrem do preconceito do nome. Mas decreto-lei tem o mesmo peso que a lei”, esclareceu o assessor jurídico da FENAJ. Para ele, essa diferença é onde inicialmente reside o conflito.
Na opinião do assessor jurídico do sindicato dos jornalistas do Ceará Carlos Chagas, há duas possibilidades de resolver a problemática: “ou o judiciário decide, ou se parte para a abertura do diálogo”, enfatizou. Chagas acredita que existem desafios outros que os dois profissionais enfrentam no exercício profissional que justificam o início de uma convivência harmoniosa.
“No setor de comunicação há uma justaposição de deveres profissionais que possuem limites tênues. Por outro lado, a era da multifuncionalidade obriga o profissional de comunicação fazer ações de todos os demais profissionais e está levando ao esmagamento profissional”, destacou ele. São fatos, diz o advogado, que por si só justificam o início de uma convivência harmoniosa e a abertura de um amplo debate da situação.
Por outro lado, a falta de organização profissional também está abrindo brechas para o conflito, sobretudo, pela falta de vontade que o jornalista mostra em querer modificar sua postura diante da prática profissional. Cabe aos jornalistas estabelecer uma convivência harmoniosa entre os dois profissionais, uma vez que ele ocupa quase todo o mercado de assessoria. Ao tomar essa iniciativa, o profissional de jornalismo tende a garantir as conquistas alcançadas até agora. “A criação de um Conselho Federal de Trabalhadores em Comunicação parece ser a melhor solução para o conflito”, defendeu Carlos Chagas.

Manual ensina como organizar assessoria de imprensa em grandes eventos

Como organizar a comunicação de um evento de grande porte? Essa e outras dicas você encontra no Guia de Boas Práticas de Comunicação em Feiras e Eventos, uma cartilha que foi pensada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJPSP) para auxiliar no processo de profissionalização da comunicação em eventos.
O Guia é uma importante ferramenta por dois motivos: primeiro porque o setor de promoção de eventos e feiras está em vertiginoso crescimento, representando crescimento também para a atividade da assessoria de imprensa; e pelas constantes reclamações que jornalistas e assessores de imprensa costumavam fazer a respeito de procedimentos inadequados da comunicação nesses ambientes.
Participaram do projeto a FENAJ, o Sindicato de Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro (SINDIPROM), o Sindicato Nacional de Empresas de Comunicação Social (SINCO) e a União Brasileira dos Promotores de Feiras (UBRAFE).
O manual de práticas e procedimentos foi feito a partir do trabalho voluntário dos profissionais Bia Bansen (UBRAFE), Enio Campoli (SINCO), Mara Ribeiro (FENAJ/SJPSP) e Rosana Monteiro (ABRACOM). Para adquirir um Guia, faça contato com o SJPSP através do sítio www.jornalistasp.org.br.