sábado, 7 de julho de 2007

JORNAL-LABORATÓRIO

Censura e cassação na UFBA

Por Fernando Conceição em 3/7/2007

"Pense num absurdo. Na Bahia já houve um precedente." A frase, atribuída ao político antigetulista Otávio Mangabeira (1886-1960), ex-governador baiano, encaixa-se perfeitamente ao que acaba de acontecer nas entranhas da Universidade Federal da Bahia, especificamente em sua Faculdade de Comunicação (Facom).

Quem, em sã consciência, em qualquer lugar não-fundamentalista e sem ditadura do planeta Terra, poderia supor que uma escola de Jornalismo iria propor a instalação de um Conselho Censor, eufemisticamente denominado "Conselho Editorial", cujo objetivo seria analisar o conteúdo do que deve ou não ser publicado no único produto laboratorial em funcionamento na referida escola, isto é, o seu jornal-laboratório? Já pensou se a moda pega?

O fato pode ser visto como coisa isolada, em uma faculdade localizada numa província remota do Nordeste brasileiro, na qual hoje somente circula um grande jornal digno do nome, A Tarde (tiragem média de 45.000 exemplares/dia, para uma população de mais de 10 milhões de habitantes). Poderia estar no Turquistão. Ou na Coréia. Na Albânia pré-queda do Muro de Berlim, ou mesmo nas regiões remotas do planeta onde o Estado de Direito, as idéias liberais e os ares da democracia constitucional são desconhecidos.

Leia matéria na íntegra no http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/

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