domingo, 10 de junho de 2007

Tribuna de Alagoas agora é uma cooperativa

Sindjornal deixa movimento e entrega coordenação aos funcionários

Em assembléia na sede da empresa, jornalistas e gráficos do jornal Tribuna de Alagoas formalizaram a criação da cooperativa que dará continuidade ao jornal. No mesmo dia, os trabalhadores organizados definiram o estatuto e elegeram a primeira diretoria da cooperativa dos trabalhadores, que se responsabilizará daqui para frente pelas ações administrativas, financeiras e de produção.

O projeto cooperativismo do jornal Tribuna de Alagoas tem o apoio e assessoria da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Seccional Alagoas. Até agora, os trabalhadores participaram de curso e palestras sobre cooperativismo, onde puderam tirar dúvidas sobre o que é uma cooperativa, como funciona e quais as suas responsabilidades. Eles assistiram também a uma palestra sobre financiamento e linha de crédito, com professores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

O passo seguinte é buscar parceiros. A intenção dos trabalhadores e gráficos é voltar com o jornal diário a partir do dia 1º de julho. A diretoria vai restabelecer contatos com empresas e órgãos públicos a fim de reaver contratos publicitários. Atualmente o jornal está sendo editado e distribuído uma vez por semana (as segundas-feiras), com material deixado pelos antigos proprietários. Os membros da cooperativa ainda não decidiram se vão manter o nome de Tribuna Independente, adotado desde a ocupação da empresa.

Esses avanços na organização dos trabalhadores fizeram o Sindicato dos Jornalistas perceber que era chegada a hora de deixar a frente da coordenação do movimento, que se iniciou com a ocupação da empresa, ocorrida há cerca de dois meses.

Segundo nota publicada pela diretoria do Sindjornal/Al, a decisão foi comunicada aos profissionais durante assembléia, realizada na última terça-feira (dia 5). “O Sindicato manterá apenas o apoio político aos cooperados e a assistência jurídica para os jornalistas que movem ação contra os antigos proprietários - visando receber os salários e as verbas rescisórias que não foram pagos,” conclui a nota.

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