sexta-feira, 11 de maio de 2007

A Federação Nacional dos Jornalistas denuncia que o governo prepara mais um golpe contra a categoria.



Segundo nota divulgada pela FENAJ, dois diferentes interlocutores do governo, o ministro Walfrido dos Mares Guia e o senador Romero Jucá, declararam esta semana que está em gestação uma proposta para dar um “tratamento diferenciado” às empresas prestadoras de serviços formadas por jornalistas, radialistas e artistas no texto do projeto de lei enviado ao Congresso Nacional para substituir a nefasta emenda 3, vetada pelo presidente Lula. Essa emenda foi incluída na lei que criou a Super-Receita pelo ex-senador Ney Suassuna, a pedido dos empresários, em especial das redes de televisão, para fraudar as relações de emprego.

De acordo com a nota, se confirmadas as declarações dos líderes governistas, significa mais um violento ataque à organização da nossa categoria e aos direitos dos trabalhadores brasileiros. Para a instituição representante da categoria, essa proposta “além de expropriar direitos trabalhistas, desfalca a receita e a previdência social e legitima a fraude nos contratos de trabalho.”

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) estranha tais declarações, porque contradizem posição manifestada pelo ministro Guido Mantega e pelo Secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, em audiência com a Federação e diversos presidentes de Sindicatos de Jornalistas, no último dia 04 de abril. “O governo não pode, mais uma vez, humilhar-se e submeter-se à pressão e às vontades de um punhado de empresários que controlam meia dúzia de redes de televisão”.

A FENAJ denuncia essa clara tentativa de dividir os trabalhadores e conclama toda a categoria a repudiar mais esse atentado à profissão e a participar ativamente das manifestações organizadas pelos Sindicatos, pela CUT e dezenas de outras entidades e movimentos sociais que lutam contra a derrubada do veto presidencial. Precisamos enfrentar o lobby dos donos da mídia que mais uma vez age para desorganizar os jornalistas e furtar direitos dos trabalhadores brasileiros. A nossa precarização é desinformação da sociedade.

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