domingo, 6 de maio de 2007

Jutiça será acionada para regularizar a situação salarial dos trabalhadores da Tribuna


De acordo com o site Fonte de Notícias, os advogados dos trabalhadores do jornal Tribuna de Alagoas preparam as ações trabalhistas para cobrar indenizações da empresa do ex-governador Ronaldo Lessa e Bob Lyra. A informação foi repassada aos trabalhadores que estão ocupando a sede da empresa, na Serraria, durante reunião com advogados dos sindicatos dos Jornalistas, dos Gráficos e dos Comerciários. O encontro serviu também para recolher os documentos necessários, que ajudarão a ajuizar as ações trabalhistas. As ações visam, a princípio, cobrar os salários atrasados e o pagamento das verbas indenizatórias.

A estratégia que será usada pelos advogados será, além de cobrar a dívida dos proprietários diretos da Tribuna, acionar como litisconsortes passivos, os proprietários indiretos e que detinham poder de mando na empresa, a exemplo do ex-governador Ronaldo Lessa e do empresário Robert Lyra. O empresário, consta em documentação, assinou contrato na condição de interveniente e transferiu a empresa Tribuna de Alagoas, na época de propriedade da família Farias, para Lucas Normande, um dos seus "testas-de-ferro" em Alagoas.

"Precisamos acionar todos eles, juntando provas documentais e testemunhais", disse Manoel Neto, advogado do Sindicato dos Comerciários. Ele ficou surpreso com o volume de irregularidades encontradas na empresa, onde a maioria dos jornalistas, dos gráficos e do pessoal do administrativo não tinha nenhum centavo depositado no FGTS. Isso impede que os trabalhadores, há muito tempo sem salários e sem as verbas rescisórias, possam sacar o seguro-desemprego.

Eles, os advogados, garantiram que vão articular junto com a Procuradoria Regional do Trabalho e apelar também ao Judiciário, no sentido de tentar liberar o seguro. Alguns funcionários da Tribuna sequer possuem carteira de trabalho assinada, apesar de trabalharem na empresa há vários anos.

Segundo o jornalista Carlos Roberto Pereira, presidente do Sindjornal/Al, a situação é mais grave do que se imagina. "O que fizeram com eles (os trabalhadores da Tribuna) e com o jornal é pilantragem. Custa acreditar que os responsáveis, locupletados e endinheirados, continuem mantendo um círculo de convivência familiar, político e empresarial sem problemas, como se nada tivesse acontecido. Se eles não têm escrúpulos e quem os repreenda, deveriam pelo menos ter remorso ao olhar para os pais, avós, filhos e netos", disse o presidente do Sindicato dos Jornalistas.

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